Visto de procura de trabalho em Portugal: dicas rápidas!
Se você está pensando em vir para Portugal em busca de novas oportunidades, o visto de procura de trabalho pode…
Com intuito de trazer informações de qualidade e que ajudem no seu planejamento para morar em Portugal, hoje trouxe mais um depoimento da Denise Di Biasi, que escreve o perfil Estamos em Portugal e compartilha conosco como é morar em Braga – Portugal.
A Denise também já escreveu aqui para o site os textos Estamos em Portugal – Planejamento, onde conta como foi sua saída e da família do Brasil rumo à Braga/Portugal, o 4 meses em Portugal e a “Lua de mel” com o país, onde nos conta como foram os 4 primeiros meses da família em terras lusitanas e o Vida de Imigrante em tempo de Pandemia, relatando sua jornada emocionante em tempo de Covid.
No texto de hoje, ela nos conta como é morar em Braga! Acompanhem! Denise, obrigada por compartilhar suas experiências neste espaço.
Olá!
Acabamos de voltar de viagem, passamos uma semana no Algarve, onde conhecemos praias maravilhosas e paisagens de tirar o fôlego e parecia outro país. Foi aí que ficou ainda mais evidente o que é morar em uma cidade com a cara de Portugal: Braga.
Claro que sou suspeita para falar sobre a cidade que escolhemos morar. Braga é a terceira maior cidade de Portugal, ficando atrás apenas de Lisboa e do Porto, mas é uma cidade com cara de “interior”. Aqui as pessoas parecem ser mais leves e descontraídas (tão descontraídas que é a coisa mais normal do mundo você andar pela rua e escutá-las falando “fuoooooooda-se”, “caralho” ou “teu cú”).
Em Braga eu abro a janela e respiro ar puro, passo por tratores na rua, sinto o cheio de adubo quando a terra está sendo preparada para a plantação do milho e contemplo o pôr do sol.
Ah! E os velhinhos daqui? Dá vontade de parar para conversar! Só não o faço porque a timidez não deixa e, provavelmente, me achariam maluca, mas eles são fofos, acho todos queridos sem ao menos conhecê-los. Têm o rosto marcado pela idade e pelo sol, geralmente andam curvados, mas estão sempre dispostos. Conversam nas portas de suas casas, ficam no ponto de ônibus (chamadas de “paragens” aqui), tomam café com os amigos, falam alto e levam uma vida ativa. Assim quero passar minha velhice: feliz!
Temos os idosos e temos os jovens também, vários! Em Braga contamos com a Universidade do Minho (UMinho), estando entre as 500 melhores instituições de ensino superior mundial em 18 áreas científicas, segundo o conceituado ShanghaiRanking’s Global Ranking of Academic Subjects 2020. Temos escolas e colégios muito bem conceituados.
Durante o verão as praias fluviais ficam lotadas, a cidade fica toda verde e florida e o sol arde na pele.
E o inverno? Ui! Já ouviram falar que Braga é o “penico do céu”? Pode acreditar: aqui chove muito! Chove sem parar o inverno inteiro! É uma chuvinha gelada, que cai o dia todo e parece nunca ter fim. Por incrível que pareça, de alguma forma a vida não para por isso.
As pessoas continuam saindo de suas casas, mesmo com a cidade cinzenta e sem o brilho do verão. Acostumam-se. E por isto curtem e valorizam tanto o verão.
Sendo a terceira maior cidade de Portugal, é de se esperar um lugar com prédios altos e construções mais modernas, mas, esquece! Aqui não tem isso.
Ok. Não vamos exagerar. Já temos alguns condomínios de prédios fechados, com piscina, quadra e playground, mas só. E isso me incomoda? Nem um pouco. Braga tem todo seu charme barroco espalhado pelas casas e edifícios antigos!
Cheguei do Algarve com vontade de morar no Algarve, mas depois de um dia a vontade passou. Descobri que não nos vejo mais morando na modernidade. O nosso futuro é aqui, pelo menos até nos aposentarmos.
Continuo apaixonada por minha “pequena” cidade. Andar no centro, ver a Avenida da Liberdade florida, a praça central movimentada, o Jardim de Santa Bárbara encantador. Isso é muito lindo! Nossa vida continua a ser vista através de olhos de turista, amo muito isso que temos e estamos construindo aqui.
Denise Di Biasi, mãe do Lucas, da Laura e do Caco – o cão! Administradora de empresas (ou dona de casa, se preferir!) e casada com o Marcello desde Maio/2000. Em Julho de 2018 disseram adeus para pessoas amadas, abriram mão da vida estabilizada, venderam a casa e o Marcello pediu demissão do trabalho de 16 anos. Deixaram o Brasil, e uma grande parte do coração dentro dele, para morar em Braga/Portugal.